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  • recifeassombrado6

O Mundo incômodo de Jaime Azevedo


Explorar as entranhas do subconsciente passa pelos intestinos - e Jaime Azevedo se atreve falar sobre nossos buracos e tudo que entra e sai deles. Quer seja perturbador, peludo, sexy, nauseante, violento ou apenas tremendamente absurdo, numa obra consistente que já conquistou muitos leitores pelo Brasil.


Azevedo nasceu na cidade de Southampton, Inglaterra, em 1976 e vive em Natal, no Rio Grande do Norte - se considera um potiguar. Formou-se em Jornalismo pela UFRN em 1998. Publicou "M, Os Contos Gorgônicos" (Editora Sebo Vermelho, 2016), "Tudo que Ama e Rasteja" (CJA Edições, 2017), “O Dedo da Santa” (Editora Draco, 2021) e um conto na coletânea “Terrores Latinos” (Editora Luva, 2023), além de vários contos avulsos em formato eletrônico na Amazon. Conheça um pouco mais da obra do escritor.




M, Os Contos Gorgônicos”, traz três histórias de horror interligadas que tratam da figura da Medusa e, juntas, formam uma novela. Poder feminino, sacralidade, dor e mergulhos psicológicos e na linguagem caracterizam a obra que passeia pelo terror e pelo fantástico através de imagens tanto líricas quanto extremamente violentas.


Segundo Raul Dias, Editor Chefe da Serpentarius: “M é o tipo de obra que buscávamos para completar nosso catálogo! É poética, cheia de gore e diferente do que vem sendo produzido na literatura contemporânea de horror no Brasil, que é muito presa à fórmulas e clichês. E é a primeira obra de autor solo que selecionamos para publicar”.






O que se esconde por trás do moralismo galopante? Para Jaime Azevedo a resposta é simples: horror e sangue, insetos e sacanagem. No livro “Tudo que Ama e Rasteja”, o autor continua o seu processo de refinar o gore e extrair dele a essência que concentra uma ou duas questões humanas fundamentais. Schadel é uma cidade de sonho, ou pesadelo: um lugar surreal, castigado por histórias e pessoas curiosas, maravilhas e violência, um resumo onírico do mundo inteiro. Lá vive Sterben, o médico que fugiu para o campo na esperança de cicatrizar feridas profundas, antigas. Quando um paciente portador de uma doença venérea incomum cruza o seu caminho ele é forçado a mergulhar no lodaçal de símbolos da cidade insana e se depara com o início de uma epidemia sui generis: a genitália da população está lentamente se transformando em insetos e outras criaturas rastejantes. Com suas referências entrecruzadas o autor nos apresenta a um filho bastardo de Kafka e Goethe concebido nos confins do Inferno. A publicação é ilustrada com desenhos de Gustave Doré (ilustrações realizadas em 1861 para uma edição da “Divina Comédia” de Dante) e colagens compostas a partir de imagens diversas do século XIX. A capa, minimalista, conta com acabamento especial: a ilustração é apenas um recorte que permite entrever parte da imagem da orelha interna.


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“O Dedo da Santa” traz a história de um Brasil Colônia alternativo, regido pela Coroa Espanhola e no qual uma praga misteriosa empurrou os sobreviventes para debaixo da terra. O abrigo de remanescentes da religiosa vila de Ossário de Santa Cunegunda é governado com mão de ferro pela Madrinha, dotada de conhecimentos quase mágicos e obcecada pela sobrevivência da humanidade através do seu pequeno e heterogêneo grupo. No caminho para a salvação estão os sangrentos conflitos internos entre homens e mulheres, nobres e plebeus, escravos e senhores, a pressão do confinamento e os pavorosos bebês que teimam em devorar as mães ao nascer. A obra faz parte da Coleção Dragão Negro: são seis volumes que mostram o melhor da produção contemporânea de horror no Brasil, marcando o boom do gênero no país – publicados pela Draco, editora paulista especializada em quadrinhos e literatura de terror, fantasia e ficção científica nacionais.


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