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Crítica | O Protetor: Capitulo Final

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Mais melancólico que os anteriores, filme desperdiça boas oportunidades, mas cria um bom desfecho para franquia


Por: Lucas Rigaud


Imagem: Sony Pictures/Reprodução

Em O Protetor: Capítulo Final (The Equalizer 3), o ex-agente Robert McCall (Denzel Washington) acaba se estabelecendo em um vilarejo na Sicília, após combater a máfia. Porém, ele logo irá descobrir que seus novos amigos estão sofrendo represálias dos chefes do crime local.


Um tom de despedida, marcado pela fotografia que ostenta tonalidades mais frias e belas paisagens, até um tanto melancólicas, do sul da Itália, marca o terceiro (e, talvez, último) filme da franquia O Protetor. A série, que sempre teve um apreço maior pela qualidade narrativa do que nas cenas de ação mirabolantes tal como fazem sagas de filmes de ação semelhantes, ganha aqui um capítulo mais voltado para um lado sentimental do protagonista vivido pelo inigualável Denzel Washington, sem deixar de lado os ideais do personagem demonstrados nos dois primeiros filmes, de 2014 e 2018.


Mais acomodado, ou sem intenções de sair de uma incômoda zona de conforto, o roteiro de Richard Wenk, que adapta a série de TV criada por Michael Sloan e Richard Lindheim, parece desperdiçar um prato cheio de possibilidades devido ao receio de entregar um resultado genérico ou dentro dos padrões do gênero que o filme pertence. O Protetor: Capítulo Final se inicia de maneira eletrizante e que surpreende por prometer entregar, ao longo da trama, uma genuína perseguição entre um agente federal dos EUA e a máfia italiana. Porém, o desenvolvimento desta promessa acontece de forma lenta, quase cansativa e deficiente de boas surpresas. Há, por outro lado, sequências em que os antagonistas mostram o quão eles são perigosos, assim como momentos de tensão e até uma atenção voltada para avançada idade do protagonista e seus ferimentos de guerra. Porém, esses louváveis momentos pouco sustentam um impacto que o longa necessitava para, de fato, surpreender.


Novamente dirigido por Antonie Fuqua, um verdadeiro entusiasta do cinema de ação, O Protetor 3 conta com poucas, porém bem conduzidas sequências, que acompanham a imponência de McCall, além de utilizar bem a violência física, sem parecer que ela foi inserida a trama de maneira gratuita, trabalhando em conjunto com uma exímia direção de fotografia para entregar cenas bem trabalhadas e sem apelo de efeitos computadorizados.


No elenco, além do icônico destaque de Denzel Washington, também chama atenção a talentosa Dakota Fanning, um nome conhecido do cinema de terror devido aos seus trabalhos em Coraline e o Mundo Secreto (2009), Guerra dos Mundos (2005) e O Amigo Oculto (2003), além de já ter trabalhado com Washington no clássico Chamas da Vingança (2003). O ator Andrea Scarduzio também brilha como o chefão Vincent Quaranta, sendo um antagonista a altura da franquia.


Imagem: Sony Pictures/Reprodução

Apesar de não aproveitar boas oportunidades, O Protetor: Capítulo Final fecha a franquia de maneira convincente, reparando histórias já apresentadas na série e trazendo para o protagonista um final digno. Só o tempo dirá se esse é realmente um adeus para ex-agente vivido por Denzel Washington.


Nota: ⭐⭐⭐

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