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  • Foto do escritorLucas Rigaud

Crítica | A Morte do Demônio: A Ascensão (Evil Dead Rise)

Nesta última terça-feira (18), fomos convidados pela Agência Espaço Z como um dos embaixadores da sessão exclusiva do filme "A Morte do Demônio: A Ascensão", novo terror da Warner Bros. Pictures, que estreia nos cinemas nesta quinta (20/04).


Confira a nossa crítica, logo abaixo:

Foto: Lucas Rigaud


Em A Morte do Demônio: A Ascensão, a jovem Beth (Lily Sullivan), em visita a sua irmã mais velha Ellie (Alyssa Sutherland), que está criando os três filhos em um apartamento antigo de Los Angeles, se encontra em uma luta por sua vida quando um livro antigo dá à luz demônios sedentos por sangue. Eles se tornam cada vez mais agressivos em um prédio em Los Angeles.


A criatividade sempre foi o carro chefe para o sucesso dos filmes da franquia A Morte do Demônio (The Evil Dead). Em 1981, com um mísero orçamento de US$ 350 mil, Sam Raimi usou e abusou da inventividade, no melhor dos sentidos, para proporcionar para o cinema de terror um dos longas pioneiros do subgênero trash, tão aclamado hoje em dia pelo fato de conseguir fazer muito com tão pouco. Uma Noite Alucinante – A Morte do Demônio, estrelado por Bruce Campbell no papel do icônico Ash Williams, ainda rendeu mais dois filmes, um remake e uma série, todas seguindo o mesmo estilo da obra original. O novo longa-metragem da franquia, A Morte do Demônio: A Ascensão (Evil Dead Rise) não podia ser diferente.


Imagem: Reprodução


Com um roteiro simples, mas funcional, tendo como base o primeiro filme da franquia, “A Ascensão” começa de forma curiosa, mostrando um evento que, aparentemente, não teria ligação com o restante do filme. A produção parte, então, para uma trama longe de florestas tenebrosas e grupos de jovens desmiolados, focando numa família com problemas reais, em um prédio condenado e cheio de segredos obscuros. A premissa simples, por vezes considerada batida e sem grandes novidades, é felizmente superada pelo eficaz trabalho de direção de Lee Cronin, que tempera com precisão o roteiro escrito pelo próprio, atribuindo à narrativa um genuíno suspense, além de sequências agoniantes que extraem do público medo, sustos e, principalmente, aflição. Não podemos deixar de destacar o leve bom humor, tradicional da franquia, que segue presente, porém mais sutil.


São diversos os elementos que fazem o espctador se contorcer na cadeira e até fechar os olhos em algumas sequências mais sangrentas, que utilizam recursos técnicos de primeira linha para fazer jus ao gore. Cenas com cacos de vidro, chamas, raladores de queijo, objetos pontudos e a tradicional motosserra, que não pode faltar em um filme da franquia, compõem o body horror proposto pelo longa, que está muito bem representado. O diretor Lee Cronin utiliza interessantes movimentos de câmera e enquadramentos para intensificar a tensão e frisar um tom claustrofóbico ao filme, já que toda a ação se passa em um prédio antigo. O uso da câmera em primeira pessoa também é um recurso bem utilizado, assim como o foco central em determinada personagem ou objeto, enquanto o perigo surge aos poucos e desfocado em segundo plano, o que contribui ainda mais com os sustos.


A fotografia com destaque na penumbra não impossibilita o público de saber o que se passa em cena. O exímio trabalho de maquiagem também é digno de aplausos, assim como efeitos visuais práticos que beiram o realismo.


Imagem: Warner Bros. Pictures


Com um elenco competente e bem distribuído ao longo da trama, os nomes que mais se destacam são os de Lily Sullivan, como a nova heroína Beth, que não poupa expressões medo, e Alyssa Sutherland, que brilha e amedronta como a mãe possuída, Ellie, personagem esta que pode se tornar um novo ícone da franquia, por conta da sua notável concepção visual e de um perturbador monólogo ao longo do filme. A jovem atriz Nell Fisher, que dá vida à filha mais nova (e mais inteligente) de Ellie, Kassie, também é um grande destaque e, talvez, o melhor trabalho de atuação de todo o longa.


A Morte do Demônio: A Ascensão é sangrento, agoniante e tenso a todos os instantes. O filme conta com uma narrativa simples, tendo como base um argumento igualmente simplório, mas que funciona por fazer um ótimo uso da simplicidade para entregar um resultado criativo e estiloso, seguindo aquilo que a franquia propõe desde 1981 e fazendo jus ao legado de Sam Raimi e Bruce Campbell.


Nota: ⭐⭐⭐⭐



Contado por: Lucas Rigaud


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